Nossos passos vêm de longe

A luta contra o racismo é de todos e todas, negros e brancos, cristãos e não cristãos, é uma questão mundial.

No Brasil, o racismo é estrutural e institucional. Passados mais de 130 anos desde o fim da escravidão, um “abismo” ainda separa negros e brancos, como comprovam vários estudos. Mesmo sendo 56% da população brasileira, negros e pardos são privados do acesso igualitário a direitos básicos, como alimentação, saúde, educação e cultura. Para exemplificar como isso se concretiza no dia a dia, quase metade da população negra vive em locais sem ao menos um serviço de saneamento básico, como coleta e tratamento de esgoto ou acesso à água tratada. O desemprego e o analfabetismo também recaem mais sobre eles do que sobre os brancos. E, apesar de ter aumentado o número de estudantes negros e pardos no ensino superior nos últimos anos, as chances deles cursarem uma faculdade ainda são bem menores se comparadas as de um jovem branco.

Há, no Brasil, uma exclusão estrutural, que afeta sobretudo os mais vulneráveis e que precisa ser combatida diariamente. Os dados citados reforçam que o compromisso com a democracia passa pela construção de uma sociedade mais inclusiva. 

Nesta edição especial do Em Companhia de 2022, convidamos o(a) leitor(a) a refletir sobre as relações raciais e sobre a importância de compreendermos que a luta antirracista deve fazer parte diariamente das nossas ações. Cabe a todos e todas a mudança dessa triste realidade brasileira, e é essencial para a construção de sociedades justas e democráticas.

Boa leitura!

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