• Seguir
  • Seguir
  • Seguir
  • Seguir
  • Seguir
  • Jesuítas
  • Educação Jesuíta
    • Constituição da Rede
    • PEC
    • Missão, visão e valores
    • Pedagogia Inaciana
    • História da Educação Jesuíta no Brasil
    • Educação Jesuíta na América Latina
    • Educação Jesuíta no Mundo
    • Renovação do Apostolado Educativo
  • Unidades
    • Colégio Anchieta (RJ)
    • Colégio Anchieta (RS)
    • Colégio Antônio Vieira (BA)
    • Colégio Catarinense (SC)
    • Colégio Diocesano (PI)
    • Colégio dos Jesuítas (MG)
    • Colégio Loyola (MG)
    • Colégio Medianeira (PR)
    • Escola Santo Afonso Rodriguez (PI)
    • Colégio Santo Inácio (CE)
    • Colégio Santo Inácio (RJ)
    • Colégio São Francisco Xavier (SP)
    • Colégio São Luís (SP)
    • CEPAC (RJ)
    • Escola Nhá Chica (MG)
    • Escola Padre Arrupe (PI)
    • Escola Técnica de Eletrônica (MG)
  • Notícias
  • Publicações
  • Projetos
  • Vídeos
  • Congresso
  • Contato
Professora da Unicap fala sobre políticas afirmativas e educação na superação do abismo social

As políticas afirmativas foram e continuam sendo estratégicas para a reparação de injustiças e superação da desigualdade social em vários países. No caso das universidades, elas têm um papel fundamental para formar e orientar os futuros profissionais de que, saindo de lá, eles lidarão com uma diversidade de pessoas e todas merecem respeito. “O racismo é a negação dos valores democráticos e dos princípios enraizados na dignidade, no respeito e, sobretudo, na valorização da vida humana”.

A frase é da professora Valdenice José Raimundo, Pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Raça, Gênero e Políticas Públicas e do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígena que, na edição especial da publicação Em Companhia, falou sobre o papel da educação e de políticas afirmativas na reparação de injustiças e superação da desigualdade social. Ganhadora dos prêmios Mulheres negras contam sua história, concedido pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), e Guerreiras Tejucupapo, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Valdenice tem também participação ativa da Articulação Afro Brasil-SJ, é Pós-doutorada em Feminismo Africano e Doutora em Serviço Social.

Leia, abaixo, a entrevista: 

As políticas afirmativas foram e continuam sendo estratégicas para a reparação de injustiças e superação da desigualdade social em vários países. No contexto histórico brasileiro, por que as políticas afirmativas se fazem ainda mais necessárias?
Não podemos negar que o racismo é um componente determinante das relações sociais no Brasil. Logo, a aplicabilidade das políticas afirmativas é uma iniciativa que vai na contramão de uma relação que nega à população negra o acesso e a garantia de direitos. Para se afirmar como um país democrático, se faz necessário o enfrentamento ao racismo e as políticas afirmativas são um caminho para isto. Um caminho indicado pelo movimento negro, desde a década de 1930. Nos últimos anos as práticas racistas tomaram grandes proporções, aprofundando o racismo em suas diversas manifestações: racismo ambiental, racismo institucional. Sendo assim, em um momento de aprofundamento das desigualdades raciais, as políticas se fazem ainda mais necessárias.

Qual deve ser o papel das universidades para a concretização dessas políticas afirmativas?
As universidades, enquanto espaço de formação, têm papel importantíssimo de orientar, capacitar, qualificar pessoas competentes e produzir novos saberes. Portanto, essa formação precisa ser fundamentada em princípios e valores, a partir dos quais as pessoas possam estar aptas a conviverem de forma respeitosa com negros, indígenas e ciganos. É importante no processo de aprimorar novos aprendizados que os (as) estudantes tenham conhecimento dos conteúdos propostos pelas leis: 10639/03 e 11645/08, por pautarem questões emblemáticas para compreensão das desigualdades raciais. É imprescindível que os profissionais saiam da universidade, entendendo que irão lidar com uma diversidade de pessoas e que TODAS são dignas de respeito. O racismo é a negação dos valores democráticos e dos princípios enraizados na dignidade, no respeito e, sobretudo, na valorização da vida humana.

Nos últimos tempos, a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) concedeu mais de 500 bolsas para as populações negra e indígena. Conte-nos um pouco mais sobre essa ação e sua importância para essas populações.
Em 2019 e 2020, a Unicap lançou editais de Inclusão Racial. Foram iniciativas em diálogo com o Neabi, que, enquanto núcleo, está vinculado ao Instituto Humanitas (IHU). Foi uma experiência riquíssima, pois a entrada de negros e indígenas promoveu uma reparação que é histórica. Historicamente, negros e indígenas, por serem na sua maioria pobres, estiveram fora ou acessaram com muita dificuldade o ensino superior. Isso levou muitos a acreditarem que o ensino superior, ou seja, o acesso à universidade não era para eles. Garantir o acesso ao ensino superior quebra falácias como essas e contribui para formação de homens e mulheres que terão sensibilidade por terem compromisso com a ancestralidade, contribui, ainda, para novos temas de pesquisas etc. É difícil prospectar o que ocorre quando a justiça se instala. 

Além dessas bolsas, a Unicap tem pensado em conceder bolsa permanência a esses alunos. Qual o objetivo dessa medida?
Como mencionei acima, negros e indígenas encontram-se entre os mais pobres da população brasileira. A chegada dos (as) bolsistas fez emergir temas e situações que precisaram de atenção. A chegada em uma quantidade expressiva jogou luz sobre questões que não poderiam ser ignoradas. Podemos destacar: a necessidade de uma Política de Enfrentamento ao Racismo Institucional – diante disto se formou um Grupo de Trabalho (GT) para propor a política; a necessidade de as escolas refletirem o acolhimento e organizarem ações que contribuíssem com o enfrentamento a práticas racistas – as escolas promoveram diversas ações; a promoção do Ano da Consciência Negra – 2021; a entrega de títulos de Doutor (a) Honoris Causa, dentre outros.

Por meio dessas bolsas, a Unicap aumentou a diversidade dentro das salas de aula. E quais os benefícios que essa diversidade tem trazido para a comunidade acadêmica como um todo?
Temos diversos benefícios, pois a convivência respeitosa com pessoas de outras crenças, raças, de diferentes orientações sexuais, possibilita um olhar mais ampliado do humano. Contudo, quando esse olhar é contaminado pelo racismo, vemos muito mais desafios que benefícios. É importante garantir o que já conquistamos e continuar lutando pelo que ainda precisamos avançar, mas é importante destacar que não basta simplesmente e apenas reconhecer a existência do racismo, é importante construir estratégias para seu enfrentamento e superação. É isto que qualifica uma instituição como antirracista. Este tem sido o esforço da Universidade Católica de Pernambuco.

Acesse aqui a edição completa do Em Companhia especial

Compartilhe esta informação:

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
E-mail

Somos Jesuítas

Jesuítas Brasil
FLACSI

Contato

Telefone: (21) 3622-0236
E-mail: rje@jesuitasbrasil.org.br

A RJE

A Rede Jesuíta de Educação Básica (RJE) foi constituída em 2014 com o objetivo de promover o trabalho integrado entre as unidades de Educação Básica da Companhia de Jesus no Brasil a partir de desafios e identidade comum, buscando sempre o sentido de corpo apostólico.

Nossas Unidades

Colégio Anchieta (RJ)
Colégio Anchieta (RS)
Colégio Antônio Vieira (BA)
Colégio Catarinense (SC)
Colégio Diocesano (PI)
Colégio dos Jesuítas (MG)
Colégio Loyola (MG)
Colégio Medianeira (PR)
Escola Santo Afonso Rodriguez (PI)
Colégio Santo Inácio (CE)
Colégio Santo Inácio (RJ)
Colégio São Francisco Xavier (SP)
Colégio São Luís (SP)
CEPAC (RJ)
Escola Nhá Chica (MG)
Escola Padre Arrupe (PI)
Escola Técnica de Eletrônica (MG)

Redes Sociais

Rede Jesuíta de Educação Básica

© Rede Jesuíta de Educação Básica (RJE) – Todos os direitos reservados

Utilizamos cookies para melhorar sua experiência em nossos sites. Se desejar, você pode desabilitá-los nas configurações de seu navegador.Ok