Dezembro fecha um ano muito especial para a escritora Emília Nuñez. Ex-aluna do Colégio Antônio Vieira, de Salvador (BA), ela foi a grande vencedora, no início do mês, do Prêmio Jabuti de Literatura, na categoria Livro Infantil, com a obra Doçura, da editora Tibi. Lançado em 2022, a publicação conta a história de três gerações de mulheres negras apaixonadas pela leitura.
Doçura também foi agraciado este ano com o Prêmio de Melhor Livro de Imagem, concedido pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), que ainda o classificou como “altamente recomendável”. A obra já havia recebido o Selo Cátedra 10 – 2022, categoria Distinção, prêmio outorgado pela Unesco e pela PUC-Rio.
O livro, ilustrado por Anna Cunha, consolida uma carreira de sucesso de Emília Nuñez, que já tem outras obras consideradas referência para a literatura infantil, como A Menina da Cabeça Quadrada, lançada em 2017 e que faz parte dos livros recomendados pelo Vieira aos estudantes, ao promover uma reflexão, de forma lúdica, sobre o excessivo uso de telas pelas crianças. A ex-aluna e mãe vieirense sempre fala sobre os seus trabalhos aos alunos da instituição. Ela participou da Feira Literária do Colégio Antônio Vieira (Flicav), realizada em maio, além de rodas de conversa e entrevistas feitas pelas crianças.
Desde o início da carreira, em 2016, Emília sempre que possível participa dos eventos literários do Vieira, inclusive virtualmente em aulas remotas realizadas durante os anos mais acirrados da pandemia de Covid-19. “Como vieirense, sempre me sinto feliz e acolhida ao regressar à minha escola querida”, diz a escritora premiada que destaca o papel do Vieira para a descoberta de sua vocação, citando exemplos de projetos pedagógicos, como o livro coletivo “Criações Infantis”. Ela foi aluna de 1993 a 2003.
Fonte: Jornal A TARDE
Fotos: divulgação e Secom/CAV