Projeto de codocência incentiva jovens para autoconhecimento e atenção ao outro

Atividades que promovem aprendizagens múltiplas, inclusive quanto às relações consigo mesmo e com os outros. Esta foi a proposta do projeto de codocência realizado com os estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental do Colégio Antônio Vieira, de Salvador (BA), nas disciplinas de Arte e Ensino Religioso, dos professores Lívia Ayres (Arte), Jacinto Gomes e Odijas Neto (ambos de Ensino Religioso).

Por meio da arte, os estudantes puderam expressar reflexões e sentimentos sobre si mesmos e o cuidado para com o outro, incluindo os colegas de colégio. A ação faz parte da proposta de uma educação integral que busca aliar excelência acadêmica à construção de valores e princípios humanistas. Os jovens alunos puderam aplicar as aprendizagens quanto aos diferentes estilos e técnicas para uso nas artes plásticas, assim como sobre os conhecimentos de formação humana, trabalhados em Ensino Religioso, valorizando questões como autoestima, empatia, respeito, fraternidade e convivência saudável.

Acrósticos

As ações propostas foram desenvolvidas em três etapas. A primeira com construção de acrósticos, a partir do nome de um colega. Os estudantes foram motivados a refletir e expressar características do perfil do colega escolhido que tem contribuído para seu crescimento pessoal, para suas aprendizagens diárias, em todos os sentidos na escola. “Foi um momento que permitiu ao aluno perceber o significado e o sentido do outro na vida dele”, revela o professor Jacinto Gomes, de Ensino Religioso. Empolgados e muitas vezes até emocionados, os jovens produziram belos trabalhos.

Mãos de afeto​

Em uma segunda etapa, os jovens fizeram desenhos, a partir do tema Mãos de Afeto, tendo por base a Campanha da Fraternidade 2024, cujo tema é Fraternidade e Amizade Social. Segundo o professor Jacinto Gomes, “o estudante pôde mergulhar nas reflexões sobre si próprio, buscando representar pelas mãos o que ele tem de positivo e que pode ser partilhado”. O professor Odijas, por sua vez, destacou junto aos alunos que “as mãos têm um grande poder, como o de construir ou destruir; de unir, como as pontes; ou de separar, como os muros”, como frisou, complementando: “Que nossas mãos, a exemplo das mãos de Cristo, estejam sempre abertas para acolher o outro em suas necessidades e também partilhar o amor, a paz, a justiça e a fraternidade”.

 

Autorretrato

Na terceira etapa, “após termos estudado o gênero artístico do autorretrato, assim como artistas que se destacaram pelo estilo autobiográfico, como Frida Kahlo, Van Gogh e Pablo Picasso – além do fato de muitos deles também usarem esse gênero artístico como uma terapia, uma catarse pessoal, para expressar seus sentimentos e suas reflexões críticas –; os alunos, então, puderam fazer suas produções em um trabalho extremamente rico em que usamos a arte para materializar as reflexões nesse processo de autoconhecimento e nesse olhar para o outro”, conta a professora Lívia Aires. “A gente consegue perceber nas produções tudo que está ali, todas as emoções, os sentimentos que, muitas vezes, os adolescentes não deixam mostrar”, complementa. 

Protagonismo

O diretor acadêmico do Vieira, professor Anderson Rafael Souza, também gostou muito dos resultados alcançados com o projeto de codocência, dentro da proposta jesuíta de uma formação integral que também prevê o cuidado com o outro. “Esse trabalho, realizado pelos professores Jacinto, Lívia e Odijas, apresenta a sensibilidade do aluno na sua atenção para com o outro, a partir de aprendizagens em que os professores atuam como mediadores do conhecimento, estimulando a produção intelectual de forma única e exclusiva pelos estudantes”, afirma o diretor, enfatizando a condução dos professores como articuladores, estimulando o protagonismo dos estudantes.

Fonte: Colégio Antônio Vieira

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