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Formação que inspira: Ir. Jorge Luiz de Paula, SJ

A Rede Jesuíta de Educação valoriza a formação contínua de seus educadores, reconhecendo a importância da pesquisa e do aprofundamento acadêmico para a missão educativa. Vamos conhecer educadores das unidades da RJE que defenderam seus doutorados e mestrados, compartilhando suas trajetórias, descobertas e impactos na prática pedagógica e celebrando o compromisso com o conhecimento que transforma.

Com quase 35 anos de Companhia de Jesus e mais de três décadas dedicadas à educação, o Ir. Jorge Luiz de Paula, SJ, reúne em sua trajetória um olhar sensível, inquieto e profundamente comprometido com a missão educativa inaciana. Artista e educador, ele alia sua formação em Pedagogia e Dança a uma vivência marcada pela atuação em diferentes contextos da Rede Jesuíta de Educação, do Ensino Superior e da educação popular. Hoje assessor pedagógico do Colégio São Francisco Xavier, em São Paulo (SP), Ir. Jorge concluiu seu doutorado no final de 2024 com a tese Tessituras sobre o par docência e corpo na produção acadêmica educacional entre 2018 e 2022, na qual propõe um diálogo profundo entre o corpo e o fazer docente. Em sua pesquisa, ele investiga como essa relação se manifesta nas práticas pedagógicas e na produção acadêmica, e defende a valorização do corpo como parte essencial da docência e da formação integral, em sintonia com os valores da espiritualidade inaciana e de uma educação transformadora.

Confira a entrevista:

O senhor pode nos contar sobre a sua trajetória na Companhia de Jesus? E desde quando está no Sanfra?
Vou completar 35 anos sendo jesuíta. Entrei no noviciado muito jovem. No meu projeto, eu não tinha definido que seria a educação o meu campo de atuação enquanto missão, mas ela sempre esteve presente na minha vida ao longo dessa trajetória. Depois, como jesuíta já, morando no Recife, fiz a minha graduação em Pedagogia, algo que marca a minha trajetória. Eu estudei em uma universidade pública, e o engajamento pelo conhecimento da educação da escola pública, eu também já trabalhava no Colégio Nóbrega. Como jesuíta, logo depois da etapa de formação do Juniorado, eu já fui enviado para trabalhar em um colégio.

Então, desses 35 anos que eu vou fazer, mais ou menos 31 anos que estou nas obras educativas da Companhia. Estou na Educação Básica, mas já estive no Ensino Superior e também já estive nos projetos de educação popular. Sempre fui um jesuíta muito inquieto, pensando em trabalhar a educação nos seus mais diversos eixos: o ensino, a pesquisa e a extensão. Por isso que eu penso que o doutorado veio me ajudar a fazer essa leitura dessa minha trajetória enquanto jesuíta. 

Neste ano eu completo três anos no Sanfra, vindo de uma caminhada de quase dez anos no Piauí, onde eu trabalhei em todas as unidades educativas: Escola Padre Arrupe, Colégio Diocesano Infantil e Escola Santo Afonso Rodriguez.  A educação é algo que me apaixona. E estar na Rede Jesuíta de Educação, para mim, é algo que me encanta, porque eu estou desde a criação da RJE. Antes,  eu estava ligado a uma Província, depois eu vi o caminhar da Rede. Na verdade, eu sou um jesuíta que acompanhou esse processo, da Rede se constituir, de pensar o seu Projeto Educativo Comum. Estive na primeira rodada do PEC, contribuindo e, ajudando a unidade a devolver aquilo que a gente gostaria que fosse esse projeto.

O que o motivou a investigar o par docência e corpo na produção acadêmica educacional?
Eu venho de dois campos de conhecimento muito distintos, mas que dialogam. Eu venho da educação, fiz Pedagogia, mas também sou formado em Dança, na Universidade Federal da Bahia, e eu tenho toda uma trajetória de dedicação ao mundo das artes. Eu fiquei 25 anos trabalhando enquanto artista, então a questão do corpo sempre foi algo que me inquietou dentro da educação. 

Como a gente tem trabalhado o corpo na educação? Qual é o espaço do corpo? Como é que os professores trabalham isso na sala? Quais são as vozes que o docente traz a partir do corpo nas suas práticas? E aí vem a pergunta da minha pesquisa: como o docente se relaciona com o seu próprio corpo? Como isso dá voz às práticas? Porque a gente sabe que a docência, o entendimento da docência é algo bem complexo. Até o docente entender que ele se constitui docente com muitas coisas, e com aquilo que nós fazemos da nossa própria prática, isso se constitui a docência que é o ato de ensinar.

Como eu ensino? Como eu aprendo? Como eu uso isso, que é o instrumento que eu tenho, no gesto, na compreensão, no estudo? O que eu faço disso na minha prática? No começo, eu entro com um problema de pesquisa e depois eu mudo para isso, e foi algo que me encantou bastante. Revisitar os documentos, dialogar com alguns autores e trazer sempre essa experiência do Ir. Jorge artista e do Ir. Jorge docente. Como essas duas coisas podem dialogar, e como eu posso devolver para a comunidade acadêmica algo que inquiete, que desinstale, e que possa construir diálogos? Acho que a minha tese nasce para que eu possa construir novos diálogos. Porque o corpo, o que eu constato na tese,  sempre esteve fora das discussões do ensino, da docência. Por quê? Porque a filosofia vem com um pensamento dualista, e esse pensamento se instala na educação. Por muitos fundamentos, por questões tradicionais, por questões de não achar que isso fazia parte do contexto. E aí eu venho dizer: não, o corpo tem que participar desse processo. Porque é pelo corpo que eu trabalho. Eu não trabalho através só da fala, mas é do meu todo. Se eu não estiver bem, a minha docência não vai ser exercida. Se eu não consigo dialogar com os estudantes,  entender as suas demandas, entender os seus corpos, o que eles trazem. Porque a gente sempre diz: “às vezes é no corpo que a gente entende a fala do outro”.

Quando a gente tem sintonia com outra pessoa, é pelo abraço que a gente conversa. Às vezes, ao abraçar alguém, apertar a mão, a gente sente como está o corpo dele, como essa pessoa se instala no mundo. E para a educação, ele é importante. E é algo que na dança também eu já trazia, porque no mestrado eu construo uma problemática de pesquisa a partir de um brinquedo popular, do maracatu. Então eu entendo essa constituição, esse corpo que conversa, que dialoga, e esse corpo que é brincante. Por isso que eu chamo par, porque são conceitos diferentes, que dialogam e que podem andar de mãos juntas.

Eu achei importante na tese discutir os dois conceitos e trazer a partir de muitos autores. Eu trabalho com Michel Foucault, eu trabalho com Maria Cláudia Dal’Igna na área da docência. Eu trabalho com autores que sejam possíveis de dialogar. E que também eu possa concordar, discordar, porque a gente tem muitas obras, muitas coisas escritas sobre o corpo,  mas a gente não tem algo que questione ele na educação. 

A espiritualidade inaciana valoriza a integralidade do ser humano. Como sua pesquisa se conecta com essa visão e com a missão da educação jesuíta?
O meu grande desejo com essa tese é que ela possa trazer para a nossa Rede uma problemática que é atual. Como a gente pode inserir mais o corpo nas nossas práticas? Que espaços de conexão nós vamos estabelecer? E quando a gente chama a espiritualidade? Porque a nossa experiência educativa nasce de uma experiência espiritual. E na espiritualidade a gente reza com o corpo todo. A gente não reza com o intelecto. A gente reza com o coração, a gente reza com as emoções que estão dentro de nós. Nós rezamos com esse espaço chamado corpo que se senta no lugar, que vai andando, que se ajoelha. Então, esse processo é muito importante. Santo Inácio vai nos dizer que a integralidade do homem e da mulher na oração passa por todas as dimensões. Que a educação também vem discutir os conceitos de educação integral e é isso que a Companhia acredita, desde os primórdios, que os jesuítas educam também pela arte, pela espiritualidade, o homem e a mulher nos seus mais diversos sentidos. 

Nós temos uma identidade e a gente vai querer aprofundar a nossa identidade, que é inaciana, que é espiritual, que é integral. Isso é muito importante. E eu penso que a espiritualidade vem nos ajudar a trazer a nossa pessoa ao nosso centro e nos religar. Como eu me conecto com aquilo do sagrado que eu acredito? Porque a espiritualidade inaciana serve para nós, cristãos católicos, mas ela pode dialogar com outras espiritualidades, outras formas de se religar a Deus. Por isso que o religar que a espiritualidade inaciana traz é do homem e da mulher que saem, que se reconhecem com seus limites e que saem nesse próprio corpo. Que sou eu, não é o outro. Eu faço o meu processo para, com o outro, ser melhor. O meu corpo sozinho não se conecta com o outro. Eu vou criando uma cadeia de pessoas que podem fazer o melhor, que podem ser melhores e que podem transformar o mundo melhor, porque a gente não educa para nós, a gente educa para transformar o mundo. 

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