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Formação que inspira: Adriane Balzaretti Caldas

Desde 2007, Adriane Balzaretti Caldas trilha um caminho de aprendizado e partilha no Colégio Anchieta, em Porto Alegre (RS). Professora de inglês, orientadora pedagógica do 6º e do 8º ano do Ensino Fundamental II e representante da área de Línguas Adicionais, ela acredita que aprender um idioma é também aprender a olhar o outro com cuidado e empatia. Essa convicção orientou sua pesquisa no Mestrado Profissional em Gestão Educacional (MPGE) da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), O desafio da educação para a cidadania global no contexto das práticas do ensino de/por meio da Língua Inglesa.

Confira a entrevista abaixo:

O que a motivou a investigar a cidadania global no ensino de língua inglesa?
O Colégio Anchieta iniciou a implementação do seu Currículo Bilíngue Integrado para a Educação Infantil no ano de 2021 e, gradativamente nos anos posteriores, para o Ensino Fundamental I em 2022 e Ensino Fundamental II e Ensino Médio em 2023. Essa inovação curricular trouxe a perspectiva de vivências significativas e contextualizadas que têm em seu escopo uma educação voltada para a interculturalidade, inovação e igualmente comprometida com cidadania global.

Acredito que podemos contribuir para esse processo de qualificação, e, embora muito já se tenha discutido sobre o Ensino de Inglês nas escolas – e atualmente sobre a perspectiva do “bilinguismo” em todas as suas concepções -, a práxis para o desenvolvimento das habilidades e competências no idioma continua ainda, em grande parte, marcada pela ótica da homogeneidade. Portanto, pensar de que forma o aluno de hoje poderá desenvolver habilidades e competências para o futuro torna-se um grande desafio em todas as áreas do conhecimento, não somente em Línguas Adicionais. Trazer a perspectiva de uma abordagem crítica e reflexiva para a formação da cidadania global pode contribuir de forma bastante significativa para esse novo caminho a ser trilhado. Para além disso, as motivações para investigar essa temática incluíram a convicção de que a língua inglesa – enquanto língua adicional/global – pode contribuir para conectar o local ao global, fomentar a interculturalidade e a reflexão crítica;  o interesse em verificar até que ponto as práticas de ensino de inglês no Ensino Fundamental II e Ensino Médio já adotavam ou poderiam adotar uma abordagem crítica e reflexiva de educação para a cidadania global; e a necessidade de fortalecer práticas pedagógicas que façam alusão ao pensamento reflexivo, a relação com o outro, a empatia, a consciência social, e à diversidade cultural — dimensões cada vez mais presentes no mundo contemporâneo.

Dessa forma, a motivação articula uma interseção entre língua inglesa e ensino de/por meio de línguas não somente como cognição bilíngue, mas também como prática social, na perspectiva da formação para a cidadania global, no contexto real de um colégio que no seu fazer pedagógico se propõe a esse ideal.

Quais foram as descobertas mais significativas da pesquisa para a prática pedagógica?
Dentre as descobertas mais significativas, destaco primeiramente a identificação de práticas inovadoras no ensino de inglês por meio da articulação entre planejamento e práticas pedagógicas, como trabalhos integrados a outras áreas de conhecimento e projetos interdisciplinares que utilizam a língua inglesa e promovem a reflexão para além dos objetos de conhecimento estudados. Destaco também a utilização de materiais e recursos variados que estimulam práticas reflexivas. No entanto, vale pontuar que ainda há espaço para a qualificação e aprofundamento de um fazer pedagógico que desenvolva habilidades como autoconhecimento, autorregulação e autoavaliação no contexto da cidadania global.

O que significa, na prática, ser um cidadão global?
Ser um cidadão global implica atuar localmente com consciência global, reconhecendo-se como parte de uma comunidade humana mais abrangente.  Implica uma postura crítica em relação ao mundo, buscando entender diferentes perspectivas culturais, em contextos locais e globais. No contexto de ensino de línguas, implica tratar o inglês não só como “língua global” para acesso a determinado mercado, mas também como meio de se conectar com o outro e com vozes diversas, fomentando a solidariedade e a empatia.

Na prática pedagógica, isso significa oportunizar aos educandos a reflexão sobre temas diversos, por meio de projetos e estratégias que ultrapassem barreiras culturais e permitam dialogar com vozes múltiplas. Portanto, ser cidadão global, na prática, significa agir localmente com consciência global, valorizar a diversidade, assumir responsabilidades, refletir criticamente e participar ativamente da comunidade no qual se insere.

Como o ensino de inglês pode contribuir para formar cidadãos críticos e reflexivos no contexto atual?
O ensino de inglês pode contribuir para a formação de cidadãos críticos ao tratá-lo como linguagem de diálogo intercultural, possibilitando que os alunos acessem diferentes culturas, reflitam sobre elas e comparem o contexto global com sua própria realidade, reconhecendo a sua identidade e valorizando a diversidade. A abordagem integrada de conteúdo e linguagem (CLIL/AICL) fortalece esse processo ao permitir que temas de cidadania global sejam estudados por meio da língua adicional, tornando o aprendizado mais significativo e ampliando o repertório cultural e a compreensão do mundo. Sob essa perspectiva, aprender inglês deixa de ser apenas dominar um código linguístico e passa a ser um ato social, que envolve cultura, identidade, poder e voz – o aluno, como leitor e autor, dialoga com o mundo, e não somente com o texto.

O desenvolvimento da criticidade também se fortalece quando o ensino de inglês envolve projetos interdisciplinares e práticas que exigem reflexão, comunicação, cognição e consciência cultural para formar sujeitos empáticos, questionadores e socialmente atentos. Ao aprimorar as habilidades de compreensão e produção oral e escrita, o estudante amplia sua capacidade de interpretar informações, posicionar-se e agir com responsabilidade no cenário global. Assim, a língua adicional torna-se meio de mobilização para a transformação social, em que professor e alunos constroem práticas mais conscientes, dialógicas e solidárias.

Dessa forma, no contexto atual (globalização, interdependência, crises ambientais, mobilidade, diversidade cultural, tecnologia), o ensino de inglês pode ser uma ponte para formar sujeitos que não apenas falam inglês, mas que utilizam a língua inglesa para questionar, participar e se posicionar, expressando-se de forma ética, crítica e responsável. O ensino da Língua Inglesa tem enorme potencial para formar cidadãos globais críticos e reflexivos, no entanto isso não acontece automaticamente.

Educar para a cidadania global crítica e reflexiva é um grande desafio, pois não há modelos prontos, e o processo ocorre em meio a contextos complexos, instáveis e imprevisíveis. Formar cidadãos capazes de dialogar e agir com base no respeito, na diversidade e na transformação social torna-se difícil em uma sociedade neoliberal, consumista, desigual e marcada pela descrença política, pela violência e pela banalização de práticas discriminatórias, além da crise migratória e da perda de valores e identidades.

Apesar de parecer utópica, a proposta de uma educação crítica para a cidadania global é necessária e começa pelo reconhecimento urgente de mudanças.  Nos colégios da Rede Jesuíta de Educação, essa missão exige desenvolver competências como pensamento crítico, acolhimento, diálogo, cooperação e respeito à diversidade, o que demanda abertura e constante disposição para transformar práticas. Diante dos desafios, desistir não é opção para quem acredita em um mundo mais justo e equânime.

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