No último sábado, 08 de novembro, o Colégio Santo Inácio, no Rio de Janeiro (RJ), promoveu o III Seminário Temático Educação Antirracista, com a temática Branquitude e educação: uma análise crítica das relações raciais na escola. O objetivo foi promover uma reflexão sobre a história e os valores civilizatórios afro-brasileiros, com a participação dos colaboradores do CSI.
A formação teve início pela manhã, com um momento de fé e oração, conduzido pela equipe da Formação Cristã do Colégio. Logo em seguida, ocorreu a primeira palestra, com o professor de História Fábio Conceição, mestre em Relações Étnico-Raciais pelo Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet/RJ). Ele destacou o potencial transformador da escola na formação de pessoas, assim como abordou o tema da afetividade: fundamental na educação antirracista para a construção de um ambiente seguro, acolhedor e que promova a autoestima e o respeito à diversidade.
Ainda na parte da manhã, foi realizada uma mesa-redonda com mais dois convidados além de Fábio: Thales Vieira, diretor do Observatório da Branquitude e especialista em Equidade Racial, e Alessandra Rachel Gomes, professora do curso técnico de Enfermagem do CSI. Alessandra tratou da saúde mental e do racismo, citando o alto índice de mortalidade da população negra e os preconceitos enfrentados por profissionais de saúde negros no mercado de trabalho. Já Thales refletiu sobre a colonização e o humanismo europeu, marcados pelo terror racial que ainda reverbera na sociedade contemporânea.
Durante a tarde, aconteceram as oficinas temáticas, com a participação ativa dos educadores do Colégio. Na sala Ubuntu: Eu sou porque nós somos, a professora de Espanhol e coordenadora de série, Márcia Caetano, propôs uma reflexão sobre o individualismo ocidental e apresentou práticas pedagógicas baseadas na coletividade e no reconhecimento do outro. Na oficina Música Decolonial, o professor de Geografia Thiago Villela conduziu uma vivência sensorial sobre a musicalidade africana, envolvendo momentos de escuta atenta e reflexão. Já na sala Griô: repensando o currículo e as narrativas, a professora de Artes Krika Silva explorou a contação de histórias e narrativas a partir de livros e contos.
Para encerrar o dia, aconteceu a Roda de Jongo, com o Movimento Cultural Jongo da Lapa, em que os participantes puderam aprender sobre o ritmo e dançar.

