No mês de outubro, o salão do Colégio São Francisco Xavier (Sanfra), em São Paulo (SP), se transformou em um espaço de cores, formas e texturas durante a Exposição de Arte do Período Integral, que reuniu trabalhos produzidos pelos estudantes.
Com o tema Entre Linhas e Pincéis: a importância feminina na arte e na palavra, a mostra destacou mulheres que marcaram a história da arte, da cultura e da espiritualidade, inspirando os estudantes a expressarem percepções, sentimentos e olhares sobre o feminino e o mundo ao seu redor. As representantes escolhidas foram:
- Nossa Senhora Aparecida: padroeira do Brasil, símbolo de fé, devoção e proteção.
- Monja Coen: monja zen-budista brasileira, referência de espiritualidade, diálogo e paz.
- Oxum: orixá do candomblé e da umbanda, ligada às águas doces, à família e ao amor.
- Aisha Bint Abu Bakr: importante figura do Islã, conhecida por sua inteligência e liderança.
- Miriam, irmã de Moisés: profetisa do judaísmo, lembrada por sua coragem e sabedoria.
- Txai Suruí: jovem indígena brasileira, ativista e liderança que representa a espiritualidade ligada à natureza e à preservação da vida.
- Joana de Ângelis: espírito cujos ensinamentos trazem mensagens de paz e evolução interior.
- Lakshmi: deusa do hinduísmo, associada à prosperidade, à luz e à sabedoria espiritual.
O estudo dessas representações permitiu ampliar a visão de mundo dos estudantes, mostrando que, apesar das diferenças culturais e religiosas, existem valores universais que aproximam os povos.
Durante o processo, eles participaram de momentos de pesquisa, rodas de conversa e apreciação de imagens, culminando na criação de obras que traduzem sua sensibilidade e compreensão sobre a humanidade. Cada grupo explorou materiais e técnicas diferentes, incluindo telas, esculturas em argila, instalações com papel reciclado, tampinhas, lã e espuma expansiva.
Com isso, os estudantes se inspiraram em artistas como Salua Saleh e Maria Lira Marques, enquanto outros reinterpretaram obras de Yayoi Kusama e Frida Kahlo. Além disso, também surgiram produções que conectaram ciência, meio ambiente e arte, com referências a figuras históricas como Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson.
Ao final, a mostra convidou todos a ampliarem o olhar para além das experiências individuais, valorizando a diversidade cultural e religiosa como parte essencial da convivência e do respeito entre todos.

