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As famílias dos alunos na Pedagogia Inaciana

Por Pe. Luiz Fernando Klein, SJ, assessor pedagógico da Rede Jesuíta de Educação Básica (RJE)


A presente seleção trata do lugar e do papel da família dos alunos num centro educativo da Companhia de Jesus. Os trechos procedem de discursos dos últimos Superiores Gerais e de documentos educativos da Ordem dos Jesuítas.

Situação das famílias:

– Se algumas mudanças no mundo e na Igreja nos colhem de surpresa e nos chegam a preocupar, não devemos espantar que alguns pais fiquem confusos com o que veem nos filhos. Nunca se apresentou como tarefa simples para os pais, a orientação dos filhos através das tensões da adolescência. Hoje em dia é mais difícil do que nunca. A preocupação normal dos pais com relação ao bem-estar futuro dos filhos é boa, mas um medo excessivo torna-se prejudicial. Desanima os pais, e à medida que se infiltra nos pequenos leva-os a variadas formas de pessimismo. Na sua forma mais radical não é compatível com a compreensão cristã da história, nem com a de Cristo, Senhor da vida e da morte. Deveis ajudar os pais a encarar o futuro confiadamente (América) .

Situação Religiosa das famílias:

– Para muitos estudantes e muitas famílias a conexão intrínseca entre a proclamação do Evangelho e os objetivos educativos de nossos colégios já não é tão evidente por si mesma (CJTV, 159).

Colégio e família:

– A comunidade educativa é composta pela comunidade jesuíta, pelos colaboradores leigos, alunos e suas famílias. Além destes, porquanto o colégio é a primeira etapa de uma formação que nunca acaba, os antigos alunos (NCHA, n.15).

– Tenho diante dos olhos especialmente as crianças, os adolescentes e os jovens que frequentam as aulas, os cursos de formação, os programas educativos, mas também as suas famílias, os seus pais e mães que nos confiam a formação acadêmica dos seus filhos e filhas e que, juntos, procuramos dar e oferecer a todos uma formação humana integral (La Paz) .

– Sabemos que [as famílias] são as últimas responsáveis pela formação de seus filhos. Este é precisamente um motivo a mais para que nos preocupemos também com elas e trabalhemos juntos na educação, tendo em conta que em não poucas ocasiões há matrimônios escassamente preparados para formar os seus filhos (NCHA, n.22).

– O casal e a família constituem o primeiro espaço para o empenhamento social dos fiéis leigos. Trata-se de um empenho que só poderá ser realizado adequadamente na convicção do valor único e insubstituível da família para o progresso da sociedade e da própria Igreja. É, portanto, fundamental, como nos diz a Igreja, tornar a família consciente de sua identidade como primeiro núcleo social de base e do seu papel original na sociedade, para que a própria família se torne cada vez mais protagonista ativa e responsável do seu crescimento e da sua participação na vida social (Christifideles Laici, 40) (Medellín). 

– Naturalmente, se aceitarmos que o papel da família é insubstituível, e que o trabalho da escola é complementar, segue-se necessariamente que os pais devem renovar-se continuamente para atuar em coerência e em perfeita sintonia com a escola, pois o sujeito do processo educacional é ele mesmo (Medellin).

– …dado que os valores devem ser assumidos desde o início pela pessoa, é necessário que a criança encontre um ambiente familiar favorável onde aprenda o valor da vida, o sentido do respeito e da justiça, a necessidade de amar e ser amado (Medellín).

– Seriam vãos todos os esforços dos jesuítas e dos seus colaboradores no ´ministério do ensino´ se as famílias não pusessem o fundamento sólido a partir do qual continuasse a formação de uma pessoa livre e responsável através da educação formal. O processo educativo é um só, e começa em casa desde a primeira evolução psicológica afetiva da criança (Medellín).

– Desde a perspectiva da missão, educação e escola continuam sendo terreno privilegiado para a evangelização. Poucos espaços se encontrarão em que se dê uma interação tão próxima e constante, durante tantas horas do dia e ao longo de tantos anos, entre alunos, famílias, professores e comunidade. Renunciar à educação significaria abandonar uma parte importante da evangelização, e da “nova evangelização”. Mas só instituições novas e renovadas, centenárias ou não, podem encontrar respostas aos questionamentos de cada época e enfrentar os desafios do futuro (Arequipa) .

– Em sua estratégia de trabalho com as famílias, o centro integra a realidade e características econômicas, sociais e culturais das famílias. (SQGE, 4.2.1).

– As escolas secundárias, quer sejam fundações nova quer sejam colégios antigos, têm que aperfeiçoar-se cada vez mais, já sob o aspecto pedagógico, já como centros de cultura e de fé para os leigos nossos colaboradores, para as famílias dos alunos e para os antigos alunos e através deles para toda a comunidade da região (31ª C.G., Decreto 28, n.18).

Objetivos da relação com as famílias:

– [O colégio jesuíta deve] ser acessível a todos, especialmente àqueles de famílias com poucos recursos financeiros (CJTV, 125 iv).

– Criar uma comunidade acolhedora para os jovens e as famílias (CJTV, 125 iii).

– A Educação Jesuíta deve responder positiva e ativamente à diversidade de seus estudantes, professores, pais, comunidades e à rede global de seus colégios (CJTV, 235).

– A relação entre Unidade Educativa e família envolve duas dimensões:(1) As famílias contratam a prestação de serviços educativos; (2) elas são corresponsáveis pelo desenvolvimento e acompanhamento da aprendizagem integral. A constituição da comunidade educativa requer a integração saudável entre essas duas dimensões (PEC, 100) .

Participação na vida escolar:

– Superando a discussão sobre protagonismo escolar, importante em seu tempo, acreditamos que os professores, os estudantes, as famílias, os profissionais não docentes e a comunidade local são todos protagonistas do processo educativo, participando de diferentes formas e lugares da vida escolar (PEC, 32).

– O centro incentiva e promove uma participação ativa das famílias nas distintas atividades institucionais, com atenção especial nas ações e tarefas que envolvem e colaboram com a aquisição de aprendizagem, a formação e o desenvolvimento integral dos estudantes (SQGE, 4.1.).

– Trabalhar com os colégios para melhorar a forma como os pais e as famílias são convidados para a nossa educação e formação (CJTV, 58).

– É importante que as famílias tenham contato com o colégio e participem de sua vida e colaborem em suas atividades culturais, sociais, paraescolares, etc. (NCHA, n.22).

Formação para as famílias:

– O Centro desenvolve atividades educacionais que lhes permitam compreender as características das famílias de seus estudantes e desenha e implementa estratégias de treinamento e suporte que fortaleçam o papel educativo deles alinhado com seu Projeto Educacional (SQGE, 4.2)  .

– … preparar os estudantes e suas famílias para identificarem-se primeiro e fundamentalmente como membros da família humana, com uma comum responsabilidade por todo o mundo, mais que simplesmente membros de uma nação ou grupo específico (CJTV, 179).

– É necessário adotar uma atitude sadiamente crítica frente a ela, e ajudar nossos jovens e suas famílias a discernirem o que a nova cultura contém de bom e o que nela é inadmissível (Gdynia). 

– A partir do discernimento realizado, verifiquem os passos dados para transformar a Unidade Educativa em um Centro de Aprendizagem, que eduque para a Cidadania Global, preparando nossos estudantes e suas famílias “para se identificarem primeiro e fundamentalmente como membros da família humana, com uma comum responsabilidade por todo o mundo, mais que simplesmente membros de uma nação ou grupo específico” (CJTV, 179), (PEC, 119).

– … preparar os estudantes e suas famílias para se identificarem e se sentirem responsáveis por toda a criação; assumir a visão amorosa de Deus pelo mundo (CJTV, 190).

– A educação não pode subtrair-se à globalização e ao fenômeno do mercado. Contudo, inserir-se na realidade – segundo o princípio inaciano antes mencionado -, não significa considerar bom tudo o que essa realidade implica. É necessário adotar uma atitude sadiamente crítica frente a ela, e ajudar nossos jovens e suas famílias a discernirem o que a nova cultura contém de bom e o que nela é inadmissível (Gdynia).

– Especial atenção e cuidado pastoral são dados à oferta da Espiritualidade Inaciana às famílias e ao acompanhamento espiritual, considerando a variedade de modalidades que integram a tradição da Companhia de Jesus e o perfil dos integrantes da comunidade educativa (PEC, 102).

– Promover e incentivar experiências e atividades de crescimento em espiritualidade para estudantes, educadores e famílias, como parte dos fundamentos de nossas escolas. (SIPEI, n.5)  .

– Uma escola para pais num colégio jesuíta deve incluir como elemento fundamental da formação a vivência dos Exercícios e o conhecimento dos fundamentos da educação dos jesuítas. Grandes passos foram dados na linha de compartilhar com os nossos colaboradores leigos, mas é necessário completar o círculo incorporando mais a família (Medellín). 

– Para isso não encontro nada melhor que os Exercícios Espirituais. Esta experiência favorecerá o processo contínuo de renovação interna e adaptação ao carisma e estilo educativo da Companhia, que está na própria base do processo de personalização. Graças aos Exercícios, toda a comunidade educativa e, portanto, os pais, serão uma “comunidade em discernimento”, capaz de distinguir o justo do injusto, o que é bom do menos bom (Medellín). 

– Para maior aproximação das famílias e da missão educativa e suas finalidades, bem como do ambiente e da identidade inaciana das Unidades Educativas, é necessário promover e desenvolver um Programa de Liderança Inaciana para os pais (PEC, 102).

Famílias e Promoção Vocacional:

– Gostaria de concluir com uma palavra sobre um aspecto fundamental da vida da Igreja: as vocações à vida sacerdotal e religiosa. Este chamado de Deus geralmente começa no coração da vida familiar. Pergunto-me, portanto, qual é a razão da diminuição das vocações nos colégios de uma Província onde a educação ocupa uma parte notável do nosso apostolado. Por isso, desejo lançar um apelo a toda a comunidade educativa a interrogar-se sobre o apreço que têm pela vocação ao clero diocesano e à vida religiosa. Será possível que Jesus continue chamando, mas que haja alguma incoerência em nosso testemunho vivido no interior de nossos centros educativos e lares que abafam essa vocação? Nós e as famílias temos que continuar crescendo espiritualmente, de modo que Deus nos conceda o dom de uma vocação sacerdotal ou religiosa. Será o sinal de que juntos, vocês e nós, como comunidade educativa inspirada no “magis” inaciano, estamos criando espaços possíveis para opções radicais de serviço ao Senhor e aos irmãos (Medellín).

Associações de pais:

– A criança tem que ver que há uma unidade de direção, de modo que quando volta para a casa encontre confirmados os valores que recebe na escola. Então ele vai assimilando e criando hábitos. Por isso, toda associação de pais e professores, toda conversa ou comunicação nesse nível é de grande proveito para os alunos (Gijón)  .

– Merecem louvor as organizações – associações, revista, cursilhos – que promovem a formação educadora dos pais dos alunos e os preparam para colaborar mais eficazmente com o colégio. O colégio pode e deve agir também como catalisador para a união de pais e filhos (NCHA, n.22).

– As Associações de Pais são entidades sem fins lucrativos que promovem a participação e a integração permanente das famílias no espaço escolar, visando mediar o contato e a relação com a administração das Unidades Educativas e colaborar de modo corresponsável para que a instituição realize a missão educativa (PEC, 103).

– Entende-se que as Associações de Pais não são canais paralelos de interação e comunicação da família com a Unidade Educativa, e sim uma forma de integração com a Unidade Educativa. Sua existência não é uma exigência institucional, mas uma alternativa possível, entre outras, para o estabelecimento da parceria entre escola e família. A Unidade Educativa tem autonomia para criar, manter ou encerrar suas atividades (PEC, 103).

– Na relação com a Unidade Educativa, as Associações de Pais colaboram na especificidade da promoção da participação, convivência e interação. Sua colaboração não implica poder de decisão sobre ações, processos e opções da Unidade Educativa, que são de responsabilidade da Equipe Diretiva, a partir de orientações e normatizações do Diretor Presidente da Rede Jesuíta de Educação Básica da Província Jesuíta do Brasil. Por isso, faz-se necessário que todas as Associações de Pais tenham estatuto próprio, aprovado pela Unidade Educativa, com as especificações sobre seu escopo de atuação e sua incidência no espaço escolar (PEC, 104).

– Quanto à necessidade da educação para a justiça socioambiental, as Associações de Pais, acompanhadas por colaborador indicado pela Equipe Diretiva, são aliadas da Comunidade Educativa na promoção e na comunicação da sustentabilidade às famílias, visando garantir sua representatividade, orientada pela identidade inaciana e jesuíta das Unidades Educativas (PEC, 105).

– Tenho acompanhado com interesse as iniciativas que se estão tomando a nível de organização das Associações de Pais de Família e a respectiva Federação Nacional. É de desejar que, para além do mero formalismo legal, se crie um corpo vivo para o trabalho desenvolvido por cada escola na defesa dos direitos inerentes à educação católica (Medellín).

Referências:

Medellín: Indica a alocução do P. Peter-Hans Kolvenbach La importancia de la familia en la Educación. (Medellín, Colombia, 28/02/1990).
NCHA: Indica a alocução do P. Pedro Arrupe Nossos colégios hoje e amanhã (Roma, 1980).
CJTV: Indica o documento Colégios Jesuítas, uma tradição viva no século XXI (Roma, 2019).
América: Indica a carta do P. Pedro Arrupe aos Padres e Irmãos da Assistência da América, 07/03/1971. In: Projecto de Educação. Braga, A.O., p.69.
La Paz: Indica a alocução do P. Arturo Sosa: La Educación Jesuita Hoy (La Paz, Bolivia, 18/07/18).
Guadalajara: Indica a alocução do P. Peter-Hans Kolvenbach: Sobre los valores y las dificultades de la educación (Guadalajara, México, ITESO, 29/08/1990).
Gdynia: Indica a alocução do P. Peter-Hans Kolvenbach: O compromisso da Companhia de Jesus no setor da educação (10/10/1998).
Arequipa: Indica a alocução do P. Peter-Hans Kolvenbach: Os desafios da educação cristã às portas do 3º Milênio (Colegio San Jose, Arequipa, Perú 18/07/1998).
PEC: Indica o Projeto Educativo Comum da Rede Jesuíta de Educação (São Paulo, Ed. Loyola, 2021).
JESEDU: Refere-se ao Encontro Mundial de Delegados de Educação da Companhia de Jesus (Rio de Janeiro, 2017).
SQGE: Indica o Sistema de Calidad de la Gestión Escolar (FLACSI)
SIPEI: Indica o Seminário Internacional de Pedagogia e Espiritualidade Inaciana realizado em 2014, em Manresa (Catalunha).
Gijón: Indica o discurso do P. Adolfo Nicolás La Educación en la Compañía de Jesús (Gijón, Espanha, 08/05/13).

* Texto editado a partir do documento As famílias dos alunos na Pedagogia Inaciana, publicado no Centro Virtual de Pedagogia Inaciana (CVPI), em 2023.

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