Imagem gerada pelo ChatGPT em 22/04/2025.

Desde o início de seu pontificado, em 2013, o Papa Francisco foi uma voz forte em defesa da educação como ferramenta de transformação social. Para ele, educar é um ato de esperança, capaz de construir pontes, curar feridas e promover a paz. Em diversas ocasiões, Francisco salientou a importância de uma educação integral, centrada na dignidade da pessoa humana e no cuidado com o outro. Em 2020, lançou o Pacto Educativo Global, convidando todos — famílias, escolas, universidades, líderes religiosos e governamentais — a se unirem por uma educação que promova a justiça, o diálogo e a fraternidade, com base em sete compromissos: colocar a pessoa no centro de cada processo educativo; ouvir as gerações mais novas; promover a mulher; responsabilizar a família; se abrir à acolhida; renovar a economia e a política; e cuidar da Casa Comum.

Em maio de 2024, Francisco enviou uma mensagem aos participantes do Congresso da Associação de Pais de Alunos do Ensino Livre (Apel) , realizado na França, ressaltando o papel essencial das famílias na missão educativa. Ele reforçou a importância de aliança entre escola e família para a formação integral dos jovens, promovendo não apenas conhecimento, mas também valores humanos e espirituais. A comunidade escolar deve ser um microcosmo de esperança, guiado pela caridade e pelo compromisso com o futuro das novas gerações. Em um mundo em rápida transformação, o Papa alertou para os desafios trazidos pela inteligência artificial, convocando toda a comunidade educativa ao discernimento e ao trabalho conjunto com a Igreja, para formar mentes e corações preparados para viver com sabedoria e esperança.

A Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (Anec) destacou que o pontificado do Papa Francisco foi profundamente marcado pelo chamado à fraternidade, ao cuidado com a criação e à defesa da educação como motor de transformação social. Francisco promoveu uma visão humanizada da evangelização e do processo educativo, com forte ênfase no protagonismo juvenil, como demonstrado na Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, onde incentivou os jovens a “saírem às ruas”. Segundo a Anec, o jesuíta ampliou o conceito de educação para além do ensino formal, propondo uma formação integral que une razão e espiritualidade, fé e justiça social. Encíclicas como Laudato Si’, Fratelli Tutti e Dilexit Nos reforçam esse compromisso, apontando a educação como eixo central para a construção de um mundo mais justo, solidário e sustentável.

Mais recentemente, em janeiro de 2025, em sua intenção de oração, o Papa focou na necessidade de garantir o direito à educação para crianças e jovens que, devido a migrações, guerras e pobreza, enfrentam barreiras para acessar qualquer tipo de instrução. Em sua mensagem, ele chamou a atenção para uma “catástrofe educativa” que afeta cerca de 250 milhões de crianças e jovens sem acesso à escola. Ele acreditava que “educar é sempre um ato de amor, é dar vida” e que uma sociedade justa nasce da formação de corações compassivos, críticos e comprometidos com o bem comum.

Confira, abaixo, algumas frases ditas por Papa Francisco sobre educação:

“E é importante, no trabalho didático, orientar os alunos para esta capacidade de discernimento e de escolha, ampliando de forma ideal e prática os perímetros das salas de aula escolares, para chegar aonde a educação pode gerar solidariedade, partilha, comunhão.”

“Toda geração deveria pensar em como transmitir seus saberes e seus valores à geração futura, pois é através da educação que o ser humano alcança o seu potencial máximo e se torna um ser consciente, livre e responsável”.

“Hoje, somos chamados a renovar e unir o esforço de todos para a educação a fim de refazer um novo pacto educativo, pois somente assim será possível mudar a educação”.

“As mães, os pais, os avós, e a família como um todo, em seu papel educacional primário, precisam de ajuda para entender, no novo contexto global, a importância dessa etapa inicial da vida e estar preparados para agir”.

“Tanto os educadores quanto os alunos são chamados a apreciar, cada vez mais, além do valor do aprendizado em geral, a riqueza da tradição intelectual católica em particular”.

Fontes: Vatican News, CNBB, Anec e Canção Nova