Ao chegar ao final de 2025, a Rede Jesuíta de Educação (RJE) é convidada a fazer memória agradecida de sua caminhada. Mais do que uma retrospectiva de ações, este é um tempo de reconhecer processos amadurecidos, aprendizagens consolidadas e o fortalecimento de uma missão vivida em comunhão, a serviço da educação básica da Companhia de Jesus no Brasil. O ano foi marcado por avanços institucionais significativos, frutos de um trabalho coletivo, discernido e profundamente comprometido com a formação integral.
Esse movimento de maturidade é destacado por Juliano Oliveira, assessor pedagógico da RJE, ao situar 2025 como um marco na história recente da Rede, ressaltando a consolidação de estruturas e estratégias fundamentais para a atuação em rede. “Em 2025, a RJE vivenciou a conclusão de uma série de processos, cume do movimento de constituição de rede iniciado em 2014 e do nível de maturidade institucional alcançado ao longo desses anos. Concluímos a implementação do Sistema de Qualidade na Gestão Escolar (SQGE) em todas as nossas unidades educativas, desenvolvemos inúmeras atividades formativas junto a equipes, finalizamos nosso 2º ciclo estratégico e abrimos nosso 3º ciclo de Planejamento Estratégico, dentre outras importantes frentes”, recorda.
Esses avanços são compreendidos, na perspectiva inaciana, como expressão de uma caminhada de fé e serviço, o que confere ao fechamento do ano um caráter profundo de gratidão. “Isso, para nós, é motivo de gratidão e de uma sincera atitude de ação de graças. Como nos propõe Inácio, na Contemplação para alcançar o amor, reconhecemos que Deus age em nós e por nós!”, comemora. Como fruto desse percurso, Juliano destaca aprendizagens que ultrapassam o campo técnico e organizacional, alcançando a dimensão relacional e missionária. “Ao longo do ano, aprofundamos nosso senso de pertença, nossa capacidade de trabalhar em equipe, aprimoramos nosso olhar estratégico, tudo tendo em vista sermos mais eficazes, mas, sobretudo, mas fiéis à missão educativa que nos é confiada”, finaliza.
A percepção de amadurecimento institucional é compartilhada por Andréia Marques da Silva Coelho, secretária escolar do Colégio Catarinense, em Florianópolis (SC). “A colaboração efetiva entre colégios, universidades e instâncias da Província potencializa respostas mais qualificadas aos desafios educacionais, pastorais e institucionais”, afirma. Segundo ela, houve avanços na integração entre governança, gestão pedagógica e missão, com maior clareza de papéis e corresponsabilidade. “O amadurecimento da cultura de escuta das comunidades educativas favoreceu decisões mais alinhadas às realidades locais e à missão inaciana”, pontua, ressaltando também a atenção simultânea às pessoas e aos processos.
Andréia observa que esse movimento se refletiu no fortalecimento de políticas institucionais comuns. “Avançamos de forma consistente em áreas como proteção, sustentabilidade e uso responsável de dados, além de uma maior integração entre as dimensões pedagógica, administrativa e pastoral”, destaca. Ao projetar o futuro, ela avalia que os frutos colhidos em 2025 sustentam um horizonte promissor. “A RJE chega a 2026 como uma rede mais consciente de sua identidade, mais articulada e madura em seus processos”, conclui, reforçando a confiança no protagonismo das comunidades educativas e dos estudantes.
Pe. Edison de Lima, SJ, diretor-geral do Colégio São Luís, em São Paulo (SP), situa a RJE como espaço de formação integral e de irradiação apostólica. “A Rede Jesuíta de Educação Básica (RJE) acredita que os processos educativos podem ser transformadores de vidas e realidades. Por meio de uma educação para a cidadania global e para a renovação da fé cristã, as 17 unidades educativas se constituem como espaços de aprendizagem, formação de lideranças, capazes de irradiação nas diferentes esferas sociais”, considera. Segundo ele, os aprendizados vividos ao longo de 2025 estão profundamente ancorados no Projeto Educativo Comum (PEC), que orienta o discernimento e a ação da Rede. “Os aprendizados da RJE se dão graças às orientações do Projeto Educativo Comum que sempre acompanham o desenvolvimento, a revisão e o contínuo reposicionamento do trabalho apostólico da Companhia de Jesus na área da Educação Básica”, aponta.
Ele destaca, ainda, que essa aprendizagem em rede se concretiza em iniciativas e processos estruturantes, como a visita anual do diretor da RJE, professor Fernando Guidini, às unidades, a avaliação e o acompanhamento das equipes diretivas, a articulação entre grupos de homólogos, a integração com as áreas da Administração da Província, o avanço do SQGE, a construção do Mapa de Aprendizagem (MAFII), o lançamento das Diretrizes de Formação Cristã e Pastoral e a continuidade de uma robusta política de formação continuada. “A RJE, depois de dez anos de sua constituição, tem um horizonte bastante promissor de futuro para 2026”.

